REGIÃO DO ALGARVE PROMOVEU UM JOTA JOTI MAIS INCLUSIVO

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Foi com o lema “Caminhando eu vou, pelos Vales a Comunicar”, que teve lugar no passado dia 16 de outubro, em Lagoa, a atividade regional Jota Joti. Tendo em conta o mote do presente ano escutista – Unir –, a equipa organizadora procurou que os participantes estabelecessem contacto com diversos tipos de comunicação para além dos já utilizados habitualmente nesta atividade, Rádio e Internet. Nesse contexto, foram abordados: o Código Internacional de Bandeiras; o Braille; a Língua Gestual Portuguesa (LGP) e ainda a comunicação através da luz do farol de Alfanzina, onde os elementos colocaram em prática também a oralidade ao realizarem uma apresentação em vídeo acerca desta tão importante estrutura.

Para a concretização dos objetivos acima referidos foi, inicialmente, discutida a hipótese de a atividade se realizar na zona de Faro devido às condições para pernoita e ao local para a instalação da Base do Jota Joti. Contudo, após o convite da Fraternidade de Nuno Álvares (FNA) para uma parceria na Casa do Escuteiro, em Lagoa, iniciou-se o planeamento de um fim de semana em regime “casa aberta”, no qual qualquer escuteiro interessado teria a oportunidade de visitar o local e um sábado recheado de atividades relacionadas com o tema “comunicação” nas imediações do espaço.

Deste modo, o programa do Jota Joti 2021 contou com variados postos, incluindo a Base do Jota Joti, distribuídos ao longo do Percurso dos 7 Vales Suspensos, que permitiram aos nossos escuteiros algarvios aprender ao mesmo tempo que disfrutavam da maravilhosa paisagem da região.

No que diz respeito à adesão dos agrupamentos, a equipa organizadora conta que se mostrou agradada com a quantidade de participantes, visto tratar-se de “uma atividade que, por norma, não tem muita popularidade, para além do facto de que atividades de um só dia acabam por ter menos adesão.”

Quanto às expectativas criadas para este dia, os membros da equipa revelam que estavam a contar que os elementos ficassem surpreendidos com a capacidade de inclusão que uma atividade consegue proporcionar, ainda que se trate de um percurso que, à partida, pode parecer excluir elementos com mobilidade reduzida e/ou invisuais. Para além disso, ao convidar os próprios escuteiros “especialistas” ou com mais experiência tanto em Braille como em LGP para dinamizar os respetivos postos, o propósito seria que “se sentissem também construtores da atividade e que colocassem em prática as suas habilidades mais especiais.”

Assim, considera-se que o Jota Joti 2021 foi bastante bem sucedido, já que elaborar uma atividade um pouco diferente do habitual Jota Joti acabou por contribuir para um interesse maior: incluir todos, mesmo com as especificidades de cada um, pois é isso que nos torna diferentes e únicos.  Para além disso, a caminhada e a envolvente da natureza que este percurso na costa algarvia oferece, foram fatores que vieram enriquecer ainda mais a atividade. Quem também partilha deste ponto de vista são os exploradores Martim Valentim e Nádia Rosa, do Agrupamento 1201 – Conceição de Faro que confessaram ter ficado muito satisfeitos com o programa deste dia:

Eu adorei o Jota Joti deste ano! Experimentei várias formas de comunicação às quais não estava habituado e fiz uma caminhada incrível em cima de arribas com vista para o oceano com o meu Agrupamento. Tivemos ainda a oportunidade de comunicar com outros escuteiros de todo o mundo!” – Marco Valentim, 13 anos

O Jota Joti foi diferente por causa do covid e da máscara, mas foi bom termos conseguido realizar a atividade. Foi um pouco cansativo por conta do Ride mas os postos estavam bem organizados e as atividades foram divertidas.” – Nádia Rosa, 12 anos